A Ira
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Aceito então este vil inferno como lar das minhas desonrosas escolhas por falta de opção! Tomo um gole da minha felicidade comprada e sigo a soterrar emoções no meu abismo cerebral.
Afaste-se daquele que tudo teme e tem seu passado como exemplo mórbido de momentos inacabados e prontos para serem alvo de um escritor fracassado em busca de efêmera e intragável fama. Sei que o ar soturno nos meus olhos te impede de se apaixonar, mas os amores que vivi e que ambos desconhecemos na sua integridade foram o suficiente para me fazer crer que o mel que provém desta abstração foi duramente roubado por poetas, romancistas, músicos e ensaístas e aprisionados em infindáveis páginas de sonhos materializados e mentirosos, a nos fazer crer que a vida pode ter um pouco do néctar da flor apaixonada. A vida é acre como comida azeda e queima na garganta como o trago da bebida escorrendo pelo meu interior e me salvando brevemente de mais e mais reflexões inócuas acerca da nossa própria finitude.
Eu grito. Grito de dor. Usei meu corpo até destruí-lo e permaneço sacrificando-o em busca de raros momentos de prazer. O que mais podemos buscar na vida, senão prazer? Trancar-se em escritórios por 10 horas diárias e alcançar o sucesso profissional e aquisições financeiras? Rá! pobreza patética de espírito tem estes eixos de uma engrenagem sem sentido que não movimenta nada, que não representa nada, que é o próprio nada. E eu a correr livre pelo mundo, conquistando a cada dia uma nova chance de viver. Sou eu diferente? Não. Sou igual. Sou o nada. Fervo em ardências intrínsecas ao meu âmago imoral e intermitentes durante o calor. Seco-me em incertezas e enxugo as lágrimas em promessas de que ao acordar vou desacreditar tudo que pensei ser verdade.
Estar certo ou errado, qual a diferença? Venho pedir-te, ó Amnésia, busca-me em teus braços e faz-me esquecer que existo, que sofro, que faço sofrer, que canto e o que tento entender. Ponha um fim na minha dor. Faça-me diferente. Desfaça-me.
Aceito então este vil inferno como lar das minhas desonrosas escolhas por falta de opção! Tomo um gole da minha felicidade comprada e sigo a soterrar emoções no meu abismo cerebral.
Afaste-se daquele que tudo teme e tem seu passado como exemplo mórbido de momentos inacabados e prontos para serem alvo de um escritor fracassado em busca de efêmera e intragável fama. Sei que o ar soturno nos meus olhos te impede de se apaixonar, mas os amores que vivi e que ambos desconhecemos na sua integridade foram o suficiente para me fazer crer que o mel que provém desta abstração foi duramente roubado por poetas, romancistas, músicos e ensaístas e aprisionados em infindáveis páginas de sonhos materializados e mentirosos, a nos fazer crer que a vida pode ter um pouco do néctar da flor apaixonada. A vida é acre como comida azeda e queima na garganta como o trago da bebida escorrendo pelo meu interior e me salvando brevemente de mais e mais reflexões inócuas acerca da nossa própria finitude.
Eu grito. Grito de dor. Usei meu corpo até destruí-lo e permaneço sacrificando-o em busca de raros momentos de prazer. O que mais podemos buscar na vida, senão prazer? Trancar-se em escritórios por 10 horas diárias e alcançar o sucesso profissional e aquisições financeiras? Rá! pobreza patética de espírito tem estes eixos de uma engrenagem sem sentido que não movimenta nada, que não representa nada, que é o próprio nada. E eu a correr livre pelo mundo, conquistando a cada dia uma nova chance de viver. Sou eu diferente? Não. Sou igual. Sou o nada. Fervo em ardências intrínsecas ao meu âmago imoral e intermitentes durante o calor. Seco-me em incertezas e enxugo as lágrimas em promessas de que ao acordar vou desacreditar tudo que pensei ser verdade.
Estar certo ou errado, qual a diferença? Venho pedir-te, ó Amnésia, busca-me em teus braços e faz-me esquecer que existo, que sofro, que faço sofrer, que canto e o que tento entender. Ponha um fim na minha dor. Faça-me diferente. Desfaça-me.
Comentários