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Mostrando postagens de 2008

Sobre o que se sente

2 horas da manhã e uma infinidade de sonhos despertos. Recheado de uma esperança que perambula pelos limites da razão e da magia infantil, toma sua caneta e se põe a escrever. 10 mil milhas de solidão, 10 mil anos de um coração partido se desmanchando sobre uma folha de papel. E nada. Remete seu sentimento aos mais incríveis e épicos contos, mas as palavras que lhe saem são medíocres e incapaz de conduzir o mais sensível leitor a qualquer coisa que não a ampla indiferença. Sentimento que transborda, que jorra em cada ato seu. E da ponta da caneta, nada. Transtorna-se em tal incapacidade. Embriaga-se. Dorme. Desperta. Vive angústia de um amor que lhe consome em cada simples gesto e que jamais será transmitido, morrerá um pouco a cada dia (como há de ocorrer com qualquer amor) e será definitivamente esquecido, apagado, desimportante. Gerações e gerações virão e amores triviais serão comparados àqueles diferentes, grandes, majestosos, pela total inabilidade do amante em transmitir pela p

Sobre a(s) Figura(s) Divina(s)

Deus. Deuses. Em capitais apenas por principiarem sentenças, refiro-me às figuras divinas às quais a humanidade recorre ininterruptamente em desespero solene. Ícones diminuídos, já não onipotentes, representativas dos limites cognitivos conhecidos. Explico: séculos atrás, milênios, os deuses responsáveis por tudo eram. Deuses da chuva, da colheita, do sexo, do amor, deuses parciais, deuses supremos. Desde os primórdios são eles os baluartes do desconhecido, do inexplicado, da preguiça mental. Mentes inquietas, insatisfeitas empurraram e derrubaram dogmas avançando nos mais diversos campos das ciências naturais a partir dos primeiros desenvolvimentos da filosofia organizada como manifesto social. A infantilidade sublime de perguntar "mas por quê?" e de não aceitar a explicação mais fácil, mais poética, mais promissora. A vontade de saber, de aprender e gerar conhecimento é também a busca infindável pelo desalento, pela materialidade da vida. Em poucas décadas descobrimos que a

Notas

10 horas da manhã. Despertava com as mágoas que seu corpo lhe infligia depois do uso exacerbado que fizera dele na noite anterior. Fumava o último cigarro restante enquanto contava as moedas para o próximo maço. Escrevia alguns pensamentos nas costas de algum documento que deveria ter alguma importância, mas que não a recebia. O frescor do outono lhe trazia certa calma enquanto cruzava o parque del oeste em sua busca por um pouco menos de dormência espiritual e alguma gramas concentradas de tabaco. Impossível não refletir. Traíra aos seus próprios princípios por um amor que não mais existia e que, de fato, jamais deveria ter acontecido. Colocava-se em pé de igualdade com o imigrante triste que naquela altura da manhã já empilhava três garrafas de cerveja sobre o balcão. Éramos todos ratos naqueles dias, sempre atrás de algo mais para fornecer algum prazer sensorial. Mas nada acontecia e nada estava prestes a acontecer. Recolheu-se novamente ao seu quarto e escrevinhou mais algumas idéi

Pesadelo

É inevitável pensar que num momento desses gostaria que toda a existência tivesse sua realidade extinta num despertar de um pesadelo, revelando ao ser antes adormecido a total intangibilidade de todo o mal que lhe passou, o acalmando sua vida em um simples abrir de olhos. Mas não, a realidade pode ser muito mais acre que o o pior pesadelo e ser imutável, proporcionando desespero sem fim, sem alento, sem recuperação, sem segunda chance, sem o menor motivo que pareça lhe justificar o ato de viver. Condenem-me pelo excesso de dramaticidade, eu próprio também o faço. Mas o que eu sinto é inevitável e infinitamente doloroso, então, por que não expressá-lo? E continuo caminhando, contra o vento, contra a chuva, sem ter onde chegar e sem parar apenas por saber ficar estático a nada resolve. Mas e o que resolve? Nem sei por que ando. Nem sei por que vou. Nem para onde.

Pessoas

6 bilhões de seres humanos no planeta. Nunca sabemos quantas e quais dessas pessoas irão de fato cruzar nosso caminho e fazer alguma diferença nele. Algumas dessas pessoas permanecem em nossas vidas, outras se vão e voltam, outras nunca voltam. Há algumas que a distância é dolorosa e outras que ela é insuportável. E é justamente neste último caso que quero me concentrar: as pessoas relevantes na nossa vida as quais sua não-presença no nosso dia-a-dia é simplesmente e inconcebivelmente dolorosa. Eu tive uma pessoa assim em minha vida. Pergunto por que, hoje, estando muito mais próximo geograficamente dela do que estive por muito tempo, me sinto mais distante. Mas essa resposta é óbvia demais e nem merece ser explorada, usem sua criatividade e encontrarão uma resposta que vos satisfaça. Mas por que ela? Do lado dela eu me senti em paz comigo mesmo pela primeira vez na vida. Uma paz que eu desconhecia, uma liberdade que me permitia viajar pelo espaço e pelo tempo em uma troca de olhares.

Chega!

Minha vida acaba aqui. De agora em diante eu existo apenas e nada mais. Eu não tenho vida e nunca tive ou ao menos nunca deveria ter tido. Tudo que eu fiz até agora foi um desenvolvimento completo de erros um atrás do outro e chega disso, não quero mais tomar decisões ou me envolver com alguém. A mim me basta a mim mesmo porque é inevitável. Tudo que eu tenho é a incapacidade de ser alguma coisa. A incapacidade de ser feliz e daí vêm todas minhas críticas à felicidade. Incapacidade de ser humano o que me leva a criticar a tudo e a todos ao meu redor. Eu queria ser o fim e terminar logo, mas tudo continua se repetindo dia após dias, vez após vez, segundo após segundo e nunca acaba. Eu desisto e ao desistir eu desisto de tudo e de mim mesmo. Desisto de tentar explicar o caos deprimente que afunda meus pensamentos, sentimentos e tudo o mais. Eu estou fadado a existir nesta infinita miséria na qual me encerro. Tu dizes que me ama e eu te admiro por ao menos saber o que é o amor. Eu descobr

Tristeza

Hoje eu descobri uma tristeza suprema. Tristeza que nem a bebida tem o poder de levar embora. Tristeza que assusta. Se a tristeza é a face oposta à felicidade, eu posso dizer com certeza que nunca tive um contraponto perfeito a este momentoe que num balanço geral, talvez minha vida seja triste. Sinto dor mental e física, desespero aterrador. Não consigo dormir e nem pensar, me torno aos poucos escravo dos sentimentos e se isso já não é bom via de regra, quando os sentimentos são ruins, imagine. Sinto vontade de não existir, o que já acontecera antes na minha vida, mas pela primeira vez é uma vontade recheada de argumentos e intenções. Antes me dava igual se os outros não existissem, mas dessa vez é a anulação da minha própria vida que me interessa. Suicídio não, idiotice, isso não apagaria o que passou, queria ser apagado em toda minha história e caminho, queria ser enterrado com cada uma das minha memórias porque ao mundo elas não interessam, à história, minha história é inócua, vazia

A Guerra

Vivemos em um mundo hoje assombrado pela masculinização da mulher. O dito movimento feminista, a verdadeira bomba atômica dos nossos tempos, não vem dignificando o papel da mulher e estabelecendo seu espaço no mundo: vem masculinizando o ser feminino. Claro que as mulheres tem o direito e a capacidade de ocupar o lugar do homem no mundo econômico, não há discussão sobre isso, muitas inclusive se sobressaem em relação à cambada de machos imbecilizados do mundo civilizado. Ok, podem e querem, mas devem? Aí o dilema moral. A mulher não fica mais em casa porque considera degradante, degradante também o papel de criar os filhos e degradante aceitar uma natureza animal. O resultado está aí, mulheres poligâmicas, adeptas do divórcio ao primeiro tropeço, frias e calculistas, sem entranhas, sem maternidade correndo nas veias, daqui a pouco sem seios, sem ventre e com um pênis. Assim, o que vejo é uma cópia dos piores aspectos da índole masculina reproduzidas com um perfume adocicado e um salto

Cachorro-quente no Parque

Junho de 2005 "Vida Ontem por volta da meia-noite eu estava sentado em um boteco, ouvindo Creedence e os resmungos do Cainelli, vendo umas partidas de sinuca de baixa qualidade, completamente bêbado e com a garganta ardendo devido ao consumo excessivo de cigarros e tentando secar meu isqueiro que havia caído no meio da minha caipirinha. E cheguei eu a uma conclusão? Não, conclusão nenhuma. E por que escrevo, então? Acho que porque eu desisti de encontrar uma explicação pras coisas e um sentido pra tudo. Desisti de professar ensinamentos e experiência de vida. Eu não tenho experiência de nada, sou um aluno tímido na primeira série da vida, em um colégio gigantesco, no qual ninguém me conhece. Porém, não me abstenho das críticas. Gosto de estabelecer comparações de cunho pejorativo entre as pessoas e a sua relação com o Universo que as circunda. Nada contra ninguém em especial, é só uma questão de passatempo. E a vida não passa nunca. A gente vive dia após dia, sem que aconteça n

Adolescência

De Abril de 2005. "Eu tinha 15 anos. Malditos quinze anos, eu tinha perna fina, amigos playboys e achava que estudar era necessário. Só uns anos depois fui partilhar do ponto de vista do Bernard Shaw de que a escola é uma perda de tempo e eu poderia ter aprendido muito mais fora lá. Mas tudo bem.... Eu era apaixonado por uma menina. Acho que vem dessas época minha paixão por me apaixonar. E eu era um tremendo dum careta, ainda não dependente do álcool e do cigarro, extremamente introvertido e com um tremendo medo da rejeição alheia, apesar de eu ter sido sempre meu maior crítico. Esperei o dia certo para dizê-la da minha infinita paixão, de que o futuro não existia para mim sem ela, de que eu ouvia pássaros cantarem ao ouvir sua voz e essas coisas estúpidas que a gente aprende em livros de poesias recomendados por professores semi-analfabetos. Preparei-me então para o momento. Escolhi meus melhores CDs, que naqueles tempos correspondiam a alguma coletânea do Brian Adams, Celine Di

Circunstancial

Não me pode ser vendida esta idéia de que a vida tem um sentido. Ou de que somos a imagem e semelhança, criação mestra, de um suposto deus que eu me recuso a grafar com inicial maiúscula. A vida humana, a vida em geral, como a concebemos é fruto de uma aleatoriedade, tão importante quanto o pó e tão presente no universo quanto uma concha no oceano. Ora, senão vejamos, uma centena de milhares de quilômetros, medida ínfima na vastidão de um universo em expansão seria o deslocamento necessário para que o planeta azul se tornasse inabitável para os seres. Um choque meteórico, improvável, mas possível, teria o mesmo resultado. A vida terrestre, assim, ocorre por uma conjunção de elementos químicos e dinâmicas físicas em uma faixa de temperatura que dá suporte a toda essa existência. E um dia não dará mais, mutação constante do entorno, determinando nossa finitude e escrevendo nos anais não-escritos da não-história das dimensões que entendemos estarem à nossa volta menos que uma letra. Estar

Dadaísmo

O SOTAQUE DAS ESPÉCIES, uma parábola darwiniana-cristã-bulímica Como o afegão que desembarca da barca do inferno, no próprio inferno - Miami -, como o turista que que vai a novos continentes se proclamando um knowledge cruzade, falamos diferentes línguas, diferentes dialetos, diferentes formas de pensar e de nos expressar. Fica a imagem de que os seres (des)humanos são diferentes entre si. Eu, por exemplo, me sinto muito mais confortável com cachorros que com americanos, com folhas de alface que com alemães e muito mais à vontade com absolutamente nada do que com argentinos. Pouco me identifico com brasileiros também, até o ponto minimalista de chegar à conclusão de que só me sinto bem comigo mesmo. Sou todo o universo e companhia de que preciso, adequando-me aos pensamentos já obsoletos do outrora gênio Nietzsche. Aí eu tento me manter vivo pelo mero objetivo de não apostar contra a igreja católica, crendo que não existe a tal vida após a morte. Se houver, tô fudido. Aí eu fico aqui

Sobre Copas do Mundo

A derrota para a França nas quartas-de-final desta Copa do Mundo na Alemanha foi uma das maiores vitórias que eu pude presenciar para o futebol brasileiro. Logicamente eu não me refiro àquelas colocações entoadas nas esquinas de qualquer capital nacional de que "com o Cafu não dava mais" ou "tem uns velhos ali que tavam na hora de sair". Fodam-se esses lugares comuns, não acho que diretamente este resultado possa ser positivo ao nosso futebol. Mas é inegável que um peso gigantesco saiu das minhas costas nesta sentimentalmente gélida tarde de 1o de Julho. Há algo em torno de 8 anos eu escutava que a Copa de 1998 havia sido vendida. Que algo de "estranho havia acontecido naquele dia" . Eu nunca acreditei nisto, mas as vozes eram constantes e a minha convicção não existia. Pouco importava que o time francês tivesse ganho a Eurocopa dois anos mais tarde, a terra outrora descoberta por Cabral vendera o orgulho máximo da nação. Aí veio a campanha patética

Sobre Cerveja, Renan e um verão inesquecível

GUITTS!!! Eu e o Renan tomávamos essa cerveja num boteco de traficantes em Bombinhas. Era a única cerveja que tinha, ao passo que era a única taverna que tinha mesas de sinuca ou algo parecido. Embalados ao som de um pagode ao vivo da turma do Bonde da Bomba, flertávamos com mulheres cuja profissão em período fora das férias devia ser de faxinar a casa das frequentadoras da stuttgart. Ricos tempos. Lembro que um dia levamos a irmã do Renan conosco e um bêbado de 50 anos, lambuzado em seu próprio suor insistia em proferir palavras poéticas. 18 dias no paraíso. Tentativas frustradas de surfe, jogos de raquete, violão e Dona Joaninha. Melhor verão da minha vida, me senti em algum local alternativo da costa californiana vivendo momentos que jamais sairão da minha mente. Lembro de desenhar um quadra de tênis na praia e fazer bela partida (bizarra aos olhos dos outros) com o bom alemão. Tempos que não voltam mais, tempos bons.

There Will be Blood

Mas que filme mais surpreendente. Não pelas excelentes atuações (atuação na real, só o Day Lewis, o resto pouco importa), mas pelo conteúdo recheado de carga moral de baixo grau de ortodoxia. Tire UMA fala do Sr. Plainview e o personagem central se apresenta como um sociopata sanguinário e ganancioso. Adicione "I see the worst in people" e ele passa a ser nada mais que um sociopata sanguinário e ganancioso COM JUSTIFICATIVA. Realmente, ele vê o ser humano na sua essência mais maligna, egoísta, carnívora, antropofágica e destrutiva. Não por mal, não pela intenção, mas pelo total descaso e menosprezo que a raça humana tem por si própria. O homem é débil, vulnerável, ambicioso demais e o convívio gregário que nos permite a sobrevivência é também aquele que a torna insuportável. "Oil" do original, poderia ser intitulado "Men" sem nenhuma perda do significado. Ocorre nos EUA do início do século passado, corrida pelo petróleo. Poderia ser em qualquer país e em q

Futilidade

Eu não entendo essa fixação que as pessoas tem pela felicidade. Bom, mas se eu for escrever sobre tudo que eu não entendo a respeito desta bizarra espécie, a humana, ficaria eu encarregado de detalhar uma nova Odisséia Homérica. É tão pouco objetivo e pobre esta "busca pela felicidade", este conceito de que "a felicidade está dentro de nós" ou a frase mais panis et circensis da história "dinheiro não traz felicidade". O que a traz, então? Paz interior? É difícil quando se tem fome. Anyway, back on track, eu nunca vejo uma pessoa dizendo "quero ser melhor", é sempre a expectativa de ser feliz que vem na mente. Como porcos, chafurdam num mar de lama em busca de uma pérola, sem nem saber se é de fato uma pérola que buscam, sem método, sem inteligência, sem nada. Felicidade é consequência, asnos, e não finalidade. É tão intangível quanto o pretenso intelecto que habita vossas cabeças ocas e, doravante, não pode ser buscada per se . Seria tão inviáve

Relógios

*Da série "coisas que as pessoas falam"* "Só o tempo cura" ou "com o tempo passa". Oras, direcionadas a enfermidades psicológicas, nenhuma outra recomendação pode ser tão pobre, vazia e estúpida quanto esta. Passem os anos e nada vai mudar.O tempo é um local, não um evento. É nele onde se desenvolvem as atitudes humanas frente às problemáticas da vida. NELE. Não POR ele. Paciência é recomendável, inação e depósito de esperanças nas páginas de um calendário é burrice.

Paisagens

Desafeto que era de técnicas de redação amplamente difundidas, se negava a iniciar seu texto com descrições. As achava desnecessárias para a compreensão da essência. Tinha idéias e mais idéias sobre os dias que passaram e os dias que viriam. Naufragava em divagações infinitas sobre absolutamente todas suas escolhas e sobre o quanto ele sabia agora não ter controle sobre elas. Escolhera um dia amar, não porque queria, mas porque conhecera uma pessoa tão especial, que a sua escolha era praticamente inócua frente à irrefreabilidade do sentimento. Escolhera um dia deixá-la, não porque queria de fato, mas porque o amor se fora. Ela se fora. Percebia que podíamos escolher nas bifurcações de uma estrada, qual lado tomar, mas jamais escolher as bifurcações que poderíamos encontrar. E com isso se embebia levemente em uma taça de vinho. Deixava alçar vôo todos seus devaneios profundos sobre absolutamente tudo que não entendia. Era ele ou era ela. Era você ou era eu. Estava sentado confortavelmen

To Think or Not to Think

Eu queria ganhar um punhado de moedas todas vez que alguém me dissesse "tu pensa demais". Eu provavelmente estaria pobre, mas isso porque teria gasto uns bons milhões com bobagens. Primeiro, eu não penso demais. Eu sou uma das pessoas mais impulsivas do mundo moderno. Segundo, eu penso, sim, bastante. Que horror deve ser para a maioria das pessoas que se assusta com a própria capacidade cognitiva uma vez que esta revela o quanto estúpidas podem ser suas vidas. Aí elas desistem de pensar. Ignorance must be bliss, after all. "Pensar demais" como uma colocação pejorativa equivale a queimar todas as obras de Nietzsche, Kant, Aristóteles e todos os comparsas destes caras aí e tacar fogo, traçando uma visão bastante Bradburiana da vida (Fahrenheit 451, trilogia negra, Ray Bradbury, recomendo, não enche). Reflexão é a arte de entender um pouco do mundo que ns rodeia e estabelecer conclusões satisfatórias para os eventos. Listo algumas das minhas conclusões retiradas de mom

Effects of a Terrible Night

A good night sleep is not as important, as relevant, as memorable as the day after. You can get carried out by the moment and stay up all night through, but your body will remember that in the next day while your mind is trying to drift away from reality. Well my mind is always trying to avoid reality. Probably because reality is so damn boring. I think everyone who likes to read is brought to this passion by their complete disappointment at life´s true possibilities. I live through characters things I can´t live in reality. But why? Am I afraid? I think I am just plain stupid. Time to be bold. Time to turn it all around.

Tide has turned

Têm certos momentos na vida que realmente são decisivos. Eles vêm pra testar tudo aquilo que você disse e receitou categoricamente, mas que agora que é com você TUDO parece diferente. A certeza pode ser uma das coisas mais enfadonhas que há, mas ela dá uma segurança que nem sempre faz mal. Mas tudo bem. Foda-se. A vida é muito curta e certas chances não devem ser desperdiçadas. Lá na frente eu vejo no que vai dar. Lá na frente tudo se decide. Agora é agora e eu nunca senti um momento em que valesse tanto a pena aceitar um risco tão grande.

A Society Built Upon Trust

Ou não? É evidente que sim. Confiança é o que move o mundo e as pessoas. Confiamos cegamente em tudo. Ou não? Evidente que sim. Confiamos tacitamente em escolas de engenharia. Ou pedes pra bater um papo com o projetista de cada prédio, cada ponte, cada calçada pela qual circulas? E percebes o potencial de dano que é inerente ao uso desta infra-estrutura? A vida, rapá, tua vida tá em jogo e tu nem pára pra pensar que coloca ela nas mãos de um cara que talvez tenha tomado um porre infernal antes da prova de Estruturas Metálicas II na PUC. Confiamos em aeronaves e que elas não vão se colidir tragicamente no solo da pátria, mesmo sabendo que o mínimo defeito no tal do giroscópio faria com que nos estraçalhássemos no asfalto. E o pão, a comida diária? A água? Os automóveis? O que seria do mundo sem confiança? Pois é, temos que acreditar em infinitas coisas, mesmo que não nos demos conta na maioria das vezes, otherwise não tem jeito, nem saímos de casa. Opa, mas a casa pode cair! E ainda ass

Estupro Emocional

Nunca havia passado o que acabei de vivenciar. Escutei na íntegra pela versão da sinfônica de Londres a nona sinfonia de Beethoven. Herr Ludwig Van. Foi um ataque, uma afronta a qualquer sentimento terreno que eu já tenha sentido. Havia anos que não chorava copiosamente. Chorei. E chorei por absolutamente nenhum motivo senão cada nota, cada acorde, cada canto desta obra. Chorei sem ter como segurar. Pulei, chutei, soquei, babei. Somente surdo um homem seria capaz de compor tal tipo de arte. Soemnte um cego seria capaz de pintar a beleza mais agressiva e perfeita, por não ser tomado por sentimentos conscientes quando da construção. Da mesma forma, só Beethoven sem poder ouvir poderia compor um ataque tão majestoso à existência humana, tão óbvia, tão pueril, tão preocupada com coisas mesquinhas. Sublime. Soberbo. Palavras que descrevem coisas não se aplicam a este caso. Realmente, este é um caso em que não há palavras para explicar. Não há o que dizer. Não acredito em Deus ou em paraíso.

Juras à Barba Eterna e outras promessas a deuses

Troca de e-mail com o lendário Pyw em 2004. 2004 (babando a la Homer Simpson), esse foi o ano que mudou minha vida... De:"Luciano.Lindemann" Luciano.Lindemann@delphi.com Para:bbf1@terra.com.br Data:Wed, 9 Jun 2004 08:33:46 -0300 Assunto:Testimonial > Quando eu fui escrever um testimonial sobre ti no orkut, comecei a escrever uma > série de recordações e histórias bizarras, mas ao procurar uma determinada > expressão, encontrei aquele teu texto que, apesar de ter sido escrito há mais de > um ano, era exatamente o que eu estava afim de falar agora. > Nós humanos somos contestadores, perfeccionistas e ambiciosos demais. Ao ponto > de não sabermos mais o que realmente queremos. E tu, um pouco mais humano que os > demais, adora ficar se auto flagelando com pensamentos negativos, se auto > convencedo de que a felicidade está naquilo que tu não tens na mão no momento. > Tu sempre falava da tua fixação em fazer viagens Rock'n Roll e levar uma vida >

Notas filosóficas I - Dualidade Humana

É um dado que o ser humano se caracteriza por um elemento marcante que o divide entre seu construto racional e o emocional. A Razão é de simples análise e leva em conta os aspectos conscientes do homem, sua noção de moral e ética, certo e errado, custo benefício e avaliação de informações disponíveis para a tomada de decisões. Mas as emoções merecem uma explanação em maior profundidade. São elas inerentes ao homem? Não, penso diferente. Emoções são a expressão de nossas atividades hormonais, ou seja, aquelas que dirigem nossos instintos e que estão, em grande parte, dissociadas da nossa razão. Amor materno eu pensei em excluir desta definição, mas me parece que sua incondicionalidade se dá devido à necessidade premente ao inconsciente individual de manter a espécie vivendo (as aberrações são raras em termos absolutos da população), o que substitui o amor pelo outro (instinto de reprodução), bem como a paixão (o mais animal dos nossos "gritos" emocionais/hormonais). Amizade é

O Centro do Universo de Cada Um

"Amar e ser amado". Sempre pensei que fosse isso que as pessoas buscassem. Penso diferente agora. Ninguém quer ser amado, isso simplesmente não importa. O fato é que vivemos a nossa vida de acordo com nossos olhos, nosso tato, nossa audição e nossos sentimentos e idéias. A vida é mais o nosso inner universe do que qualquer outra coisa. Então, ser amado não importa. Descartamos aqueles que nos amam se não há uma contrapartida nossa. E perseveramos atrás daqueles que amamos, não tentando fazer com que nos amem, mas na mera expectativa de saciar nosso amor. Platonismo é o que há. Então não esperes que te amem, porque isso não faz a menor diferença no final das contas.

The Rise of The Bira

I may lose track every now and then, but I always keep on going forward, toward the unknown FOR I AM THE BIRA. I am not one of a kind, I´m my own kind. I am NOW my fate. I might not decide my future, but I surely can make my decisions with the information available. I will make mistakes, and I shall SEIZE them. I will regret for all my time on earth for most of these mistakes, but I´ll LEARN. I´LL cry over spilled milk, but I also will clean the floor and MOVE ON. There is no LOSS. There is no GAIN. THAT´S, my friend, is Guntzenlowerbrunck in its most pure state. It hits you right in the face. It hurts you, it brings you down. Life won´t lift you up. IT´S up to you. It´s always up to us.

Coisas que eu já escrevi

“E ele acordou. Já não era mais dez horas da mahã, sequer onze. Despertara já durante a noite. - Malditos cadáveres!- resmungou o pálido Carlontônio (uma das inúmeras variáveis de Antônio Carlos criadas nos interiores brasileiros). Levantou-se e foi até a cozinha. Preparou o resto de fígado da sua namorada que deixara na prateleira para o desjejum. Tinha sede e entornou alguns goles daquela vodka podre que encontrara sabe-se lá onde. Podia ouvir ainda os gritos e sentir as unhadas da sua namorada enquanto ele a desmembrava viva. - Cadela...-pensava- Quero ver agora se ela ainda pode me manipular de dentro daquela mala - ela a esquartejara e havia guardado seus restos não passíveis de virar janta numa mala e a enterrara no jardim dos fundos. Mas ela ainda exercia controle sobre ele. Sua voz ainda ecoava na casa e o calor consumia Totonho em desespero. A podridão era já insuportável e o ato de espantar as varejeiras já cansava o braço exaurido do nosso anfitrião. Bombas destruíam a cidad

You can all go to hell

Não deixe sua consciência pesar quando ferires alguém, quando provocares a lágrima ou o sangue. Tenha CERTEZA que teu ( nem tão ) semelhante se lambuzaria com as tuas vísceras se assim lhe parecesse necessário. However, there are certain people who I really care about and I´m pretty sure that it is a two way road. Not much people, though. Close friends (don´t have to be close in space) and the smallest family circle that exists (Father, Mother and Siblings). They are my exceptions. Y no hay que haber intención. Hay que ser un weon, no más. Hijos de puta, que todos ustedes BURN IN HELL.

Contra aquilo que você crê

Paixão não é sentimento. É instinto. Não deixa de ser válida por isso. Mas não guie sua vida por paixões. Faça bom uso do seu cérebro.

Check!

Caso eu venha a morrer numa hora destas, lá vai um inventário simplificado do que as pessoas chamam de vida* Já fui magro. Já fui gordo. Já fui assaltado. Já fui corno. Já fumei cigarro. Já fumei cachimbo. Já fumei Narguilé. Já bebi cerveja. Já bebi uísque. Já bebi Bourbon. Já bebi vodka. Já bebi cachaça. Já bebi caipirinha. Já bebi tequila. Já bebi saquê. Já pulei muro. Já subi em árvore. Já ralei o joelho. Já soube a raiz quadrada de vários números. Já li livros. Já escrevi. Já soube dizer eu te amo na hora certa. E na errada. Já me esqueci. Já me lembrei. Já fiquei bêbado. Já morei fora do país. Já fui noivo. Já tive raiva. Já tive ódio. Já tive paixão. Já estive com mulheres lindas. Já estive com mulheres horrendas. Já estive com mulheres mais ou menos. Já estive com loiras. Já estive com morenas. Já estive com brancas. Já estive com negras. Já estive com altas. Já estive com baixas. Já estive com magras. Já estive com gordas. Já estive com ruivas. Já fiz gol de placa. Já fiz gol d

The Wall

Have you ever had the feeling of hitting a wall? Figuratively, of course. It´s like getting to a dead end street, considering that the street is your life and the dead end is not your death. Nowhere to go but turning back. I don´t know if i´ve got to that spot, but I already feel that i´m walking down a road i already know. But maybe that´s just some déja vu or whatever.

Blank

Sometimes there´s nothing to write about, nothing to think about and nothing to feel about. Still, nothing seems like a good subject to discuss, so here it goes what I think and feel about all of the nothing that surrounds us: " " Thank you all for reading this thoughts and all of its harsh content.
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Mendicância Fashion

Less is the new more And that´s it

Para Sempre

Recentemente aprendi que toda e qualquer jura amorosa de eternidade é em si um ato de desamor. "Amar-te-ei para sempre", bobagem. Amar-te-ei hoje, digo, como se fosse o último dia e com a certeza e o medo de que amanhã não mais amarei. E justamente por isso, amarei com tanto ímpeto, tanta raiva, tanta dedicação e amarei com tanto amor que hoje bastará. Para sempre não. Nunca é para sempre. Para sempre é mentira. Amo hoje porque eu nenhum outro lugar poderei estar. Sou 100% instantâneo. Mas eu não sei nada sobre amor.

Chaos

"Every passing minute is another chance to turn it all around" But do we take this chances? Are we brave enough to lose what we do have to dive into the unknown? Do we even want to change things? Nietzsche once said that in order to "become who we are" we must turn it all into ashes. Losing to be able to rebuilt ourselves from scratch. And he was a wise man, no doubt about it. Detours can be a blessing, I´m starting to learn that. Just about a month ago I had my life planned and I was happy with it. Now my plan is just living. Sounds good to me, what can I do? Panta Rei Oudem Menei, you know? Everything passes, nothing remains. Like every single second or whatever standard you use to measure time. Some opportunities you may lose. Some you may seize. It´s up to you, up to me. But be sure you take the road that fulfills you. And always take a road.

Private Interview with Myself

QUESTION Does it Matter? ANSWER No, it doesn´t. All that matters is the way you see things. When you were a baby, a child, a juvenile prick, your mother may have told you what to do and not to do. Whatever, you build your own pathway to glory or misery. It´s not about the rules or the structured futured that may be ahead, it´s about the choices you make. Once you take a road, there´s no turning back, there´s no room in life for "free practice". Everything shall be charged. And the price, baby, is often too high. Even if you don´t believe in luck (or bad luck, which fits me better), which I certainly don´t, what other explanation there may be for the consequences of our acts? And we can not even deprive ourselves from acting, because NOT acting is an act by itself. Guess there´s no hope, then... Sure, we are fucked.

Sal

Boca salgada, manhã agitada, mente dispersa, não lembro de nada. Me perguntaram hoje: "Qual o sentido da vida pra ti?"... Respondi que não tem. O que me espanta a esta altura do campeonato é a cara de surpresa de algumas pessoas quando dou essa resposta. Sério, nenhuma esperança. Deus queira que eu esteja errado. Mas não acredito em deuses. E todos sabem disso. Mas tudo bem, não vou discutir o sentido de coisa alguma. Nem do trânsito inglês. Não me importa. Também me questionaram hoje sobre a incoerência entre meu planejamento para o futuro e a insígnia que eu trago no braço direito (o membro, não o ajudante fiel). Carpe diem, aliás. Oras, viver o momento não exclui o valor de objetivos maiores. Vive-se o agora intensamente, mas com foco na construção do todo, seja lá o que o "todo" signifique, ficando claro, daí, a total congruência existente entre meu lema incrustado na pele e meus macro-desejos. Mas isso são respostas e argumentações que só interessam a mim. Apag

Onde os Fracos Não têm Vez

No country for old men. Sério, vejam o filme antes de bolar um título em português. Ou dizer "velhos" é politicamente incorreto? Então que fosse "Onde as Pessoas da melhor idade não têm vez". Pior é fazer essa associação entre velhos e fracos quando a temática do filme CLARAMENTE trata de questões humanístico-temporais. Mas sério, não gostei da obra. O que é bom. É melhor o desgosto que a indiferença. Pelo menos em alguns casos. A idéia da película é até interessante, o que não dá pra suportar é a pretensão dos diretores - que são geniais, aliás - de produzir arte clássica. O clássico não se monta, vira clássico. Peer review, mate, keep that in mind. Não faça as coisas pra posteridade, faça pra ti mesmo, faça porque é bacana. Se gostarem, oh yeah baby, se não gostarem, move on. Senão deixa de ser arte. Coisas no ar e tomadas totalmente não-ortodoxas são uma máxima no filme de título mal traduzido. Mas não sei se acertam no ponto. Javier Bardem muito bem no filme, al

O Esquecimento

Da sua janela podia ver o mundo. Não era um grande mundo, é verdade. Uma rua, algumas casas podres por dentro e reluzentes por fora, outras perdidas do direito e do avesso. Ao lado, um muro cinza que encobria as traquinagens da meninada e tinha há dias uma escada parada em frente. Wolfgang, para não ficar sem nome o velho observador. Austríaco, veterano de algumas guerras, a maioria pessoais, uma mundial. O homem tem em seus retratos o refúgio da saudade e ao contemplar seu passado, este europeu se assegurava não saber quem era. Quantas cidades, quantos medos, quantos amores mentira ter conhecido. Acreditava ser um assassino, mas as medalhas na parede o proclamavam herói. - Herói da vilania - murmurava o velho em meio a baforadas imaginárias de um cachimbo há muito vazio. Sair de casa era um luxo do qual Wolfgang preferia não desfrutar, preferindo não correr o risco de voltar a se sentir humano. Há anos não comia, não respirava e não piscava. Mirar as almas perdidas na rua era o que sa

O Muro

Havia muito tempo que Thomas passava pelo muro. Estava lá, separando o mundo de um terreno inerte. O muro, não Thomas. - Puta espaço pros MST invadir - dizia Thomas a seus vizinhos. De fato, por detrás do concreto não havia nada senão os sonhos dos desocupados de construir um estacionamento, supermercado ou lava-rápido. Mas Thomas acreditava que eram somente planos de mesa de bar. Dentro do terreno nosso personagem construíra boa parte de sua história infantil. Perdera sua virgindade, quando do seu estupro pelo tio, fumara maconha pela primeira e subsequentes vezes, provara da heroína, matara seu primeiro gato e seu terceiro homem, violentara uma colegial antes de sufocá-la e vira as estrelas que o puseram a sonhar com a paz. Mas a bem da verdade, o muro era alto. Uns 4 metros talvez, e não fosse por um buraco no canto, jamais alguém haveria entrado no dito terreno para o bem ou para o mal. E numa noite, talvez pelo efeito das drogas, talvez pelo do álcool, Thomas decidiu que entraria

A Ira

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Aceito então este vil inferno como lar das minhas desonrosas escolhas por falta de opção! Tomo um gole da minha felicidade comprada e sigo a soterrar emoções no meu abismo cerebral. Afaste-se daquele que tudo teme e tem seu passado como exemplo mórbido de momentos inacabados e prontos para serem alvo de um escritor fracassado em busca de efêmera e intragável fama. Sei que o ar soturno nos meus olhos te impede de se apaixonar, mas os amores que vivi e que ambos desconhecemos na sua integridade foram o suf

Conto em alta velocidade

Eu. Uma idéia. Sei. Não sei. A idéia. Eu. Um fim. Uma luz. A cegueira. O estupor. O esquecimento. Saia. Vestido. Entre. As Linhas. Vermelho. Opaco. Ao fundo. O começo. A idéia. E eu? E você? Não entrou na história. No fim. Quem sabe? Sim. Sim. Sim. Mas até quando? Desenrolar. O fio. A fia. Afia. Navalha. Barba? Sem sentido. Contramão. Stop! Não obedece. E é seu fim. Meu fim. Teu fim. Fim

Conto curto I

Sempre à espreita esse tal de livre arbítrio. Me remoendo com a tortura das escolhas. Não quero. Não vou. Não sou. Como um vento encantado ou um unicórnio rosa. Coisas que eu não acredito, mas que estão lá. Me esperando, aguardando minha decisão. Não posso. Não decido. Não existo. Me tranco. Não penso. Penso não pensar. Desisto. Recomeço. Anseio. Esqueço. Termino. Não me lembro. Não me acho. Não sei. Medo. Frio. Conhecimento. Escolhas, escolhas, escolhas. Direita ou esquerda? Sim ou não? Indecente. Não escolho e não renuncio. Levo adiante. Paro. Hesito infinitamente. Escolha por mim. Viva por mim. Sofra por mim. Sofro sozinho. Mas poderia sofrer mais. Poderia sofrer menos. Poderia não sofrer. Poderia só sofrer. Me falta ar. Acendo um cigarro. Tomo um gole. Saio do bar. Não tenho casa pra voltar. Não volto. Vejo uma luz no céu. Não é o tal deus. Não sou paspalho. É uma lâmpada. Ela cai. Eu morro. Não escolhi. Maldito arbítrio.

MiniConto II

Vendo almas. Por alguns trocados. Por alguns segundos. Sem que elas vejam nada.

MiniConto I

Sala, sofá, tristeza. Algumas memórias penduradas na parede, algumas lembranças na lata de lixo. Em mim nada, sou vazio.

Being John Biravich

Inicia-se com um post ilustrativo da minha pessoa. Parece coerente, ainda que eu não o seja. Tenho hoje 24 anos, não que isso importe. Não acredito em muita coisa, praticamente em nada. Podem me chamar de niilista, mas não acredito nesse tipo de enquadramento. Sou pró-individualidade, for whatever that means. Sou um homem da ciência, mas jamais convencionalista. Não posso crer que "lemos" a natureza e os seus fenômenos, apenas que damos respostas que satisfaçam nossos interesses. Adoro Led Zeppelin, mas acho uma bobagem eles voltarem a tocar juntos. Gosto do que é original. Gosto da cerveja Original, mas ela não me encanta. É como a maior parte das mulheres que me envolvi na vida. As gosto, mas elas não são mais do que recortes no emaranhado dadaísta das minhas memórias. Não sou presunçoso, sou realista. Não me acho o bom, mas me gosto, pelo menos boa parte do tempo. No resto, sou um desiludido...acho que a vida não tem a graça que eu supunha ter quando tinha menos idade. Ach