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Ironia

Ironias do destino. Curvas da vida. Palavras, vivemos através delas. Dizemos o que bem entendemos e nada temos de controle para o que ouvimos (exceto pelas nossas limitações de conhecimentos linguísticos). Ouvi hoje o que ansiei escutar por meses. Tremi. Descompensei. Não sei. Turbilhão, furacão, impotência, solidão. Fosse cego, fosse surdo, fosse mudo. Não, estou exposto demais à vida e às reflexões. Falo, ouço, vejo. Morro. Vivo. A cada instante, uma montanha-russa de possibilidades. Mas a ironia...ah...essa nos esbofeteia sem dó.

Vidas Possíveis

Uma noite, como num sonho, mas de forma muito mais real que em uma aventura onírica eu vi mais que meu futuro: eu vi meus presentes. Ao lado do que eu sou eu vi o que eu não fui. Já velho eu vi a mim com cada um dos meus amores, uma porção de famílias diferentes, filhos, filhas, netos, netas, agrupamentos familiares totalmente distintos entre si tendo em mim a única constante. Logo se aproximaram umas quantas outras pessoas que configuravam minha vida de casado com aquelas que nunca amei. Vi frutos de relacionamentos frustrados, quase tão velhos como eu, decorrências de gravidezes indesejadas que nunca ocorreram. Me vi nas mais diferentes profissões, me vi gordo, me vi magro, me vi feliz, me vi inapelavelmente triste. Me vi em formas quase irreconhecíveis, me vi em cadeiras de rodas e me vi em espíritos de mortes prematuras. E lá eu. Vivo. Segurando a mão do caos e dessa infinidade de minúsculas decisões que sejam e que nos afastam dos milhões, bilhões de possibilidades que se desenhar

Crushed

Esmagado, suportando o peso de uma existência nas costas, nada menos do que isso.