Dadaísmo

O SOTAQUE DAS ESPÉCIES, uma parábola darwiniana-cristã-bulímica

Como o afegão que desembarca da barca do inferno, no próprio inferno - Miami -, como o turista que que vai a novos continentes se proclamando um knowledge cruzade, falamos diferentes línguas, diferentes dialetos, diferentes formas de pensar e de nos expressar. Fica a imagem de que os seres (des)humanos são diferentes entre si. Eu, por exemplo, me sinto muito mais confortável com cachorros que com americanos, com folhas de alface que com alemães e muito mais à vontade com absolutamente nada do que com argentinos. Pouco me identifico com brasileiros também, até o ponto minimalista de chegar à conclusão de que só me sinto bem comigo mesmo. Sou todo o universo e companhia de que preciso, adequando-me aos pensamentos já obsoletos do outrora gênio Nietzsche. Aí eu tento me manter vivo pelo mero objetivo de não apostar contra a igreja católica, crendo que não existe a tal vida após a morte. Se houver, tô fudido. Aí eu fico aqui pecando o máximo possível para, qualquer coisa, pelo menos não passar a eternidade sorrindo pulando de nuvem em nuvem ao lado de pessoas entediantemente legais e bonitas. Faço caretas para Deus.

Comentários

Luciano Pyw disse…
"té o ponto minimalista de chegar à conclusão de que só me sinto bem comigo mesmo."

É por isso que tu não participa mais de nenhuma programação? (Salvo o rico RP seamana passada)

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